Mário Hildebrandt é eleito prefeito de Blumenau
Foto: DivulgaçãoMonday, 30 November 2020
Sua votação está entre as mais expressivas da história do município sendo, proporcionalmente e no atual cenário, um recorde.
O fato de ter tido 42,5% dos votos válidos (60,2 mil votos) no primeiro turno já deixava claro que Mário Hildebrandt seria eleito – e com larga vantagem – no segundo turno. Afinal, o homem quase levou a eleição logo no primeiro turno. O que seria um feito e tanto.
De perfil conciliador, ele dedicou boa parte da sua vida ao Serviço Social. Evangélico, sempre foi um líder comunitário e esteve na pasta da Assistência Social de 2005 a 2012. Ironicamente, na gestão de João Paulo Kleinübing, a quem venceu nestas eleições. No ano seguinte conseguiu uma cadeira como vereador. Foi comedido e continuou sendo acolhedor às necessidades da comunidade durante seu mandato. Eleito presidente da Câmara, fez um bom trabalho e lançou-se vice na chapa de Napoleão Bernardes em 2016. Quando Napoleão se aventurou ao governo do estado, numa estratégia fadada ao fracasso desde o começo, Mário assumiu a prefeitura.
Teve um bom mandato tampão. Superou seu antecessor imensamente e iniciou uma série de obras. Contudo, surgiu a pandemia do novo coronavírus. Pela primeira vez na história recente do Brasil acontecia algo que prejudicava candidatos à reeleição, afinal qualquer decisão tomada receberia críticas. Foi nesse cenário – e como favorito lógico – que JPK lançou sua candidatura.
No entanto, servindo de exemplo para muitos, Hildebrandt foi extremamente habilidoso ao lidar com o gravíssimo problema sanitário conseguindo a hercúlea tarefa de equilibrar Saúde Pública e Economia sem prejudicar sensivelmente nenhum dos lados. Isso, somado à grandes e chamativas obras públicas, tornaram sua popularidade uma das maiores de alguém no cargo.
E ontem, com impressionantes 72,1% dos votos válidos (108,5 mil votos) ele atropelou, como um trator, João Paulo Kleinübing, que fez 27,9% (42 mil votos). Talvez, se Odair Tramontin tivesse ido ao segundo turno – e, por uma semana ele não foi – o resultado tivesse sido diferente.
Mas o legado que Mário deixa – e que deverá continuar, criando inclusive novos projetos nos próximos quatro anos – já demonstra que sua aptidão para o Executivo é aguçada.
Ao contrário de outras cidades, Blumenau não teve más (ou cômicas) opções para o segundo turno. Se fosse um pódio, os três vencedores são nomes a serem respeitados, sendo: um o atual prefeito, cujo trabalho é elogiável; outro um ex-prefeito que deixou boas obras na cidade; e o último um promotor famoso pelo rigoroso combate à corrupção. Fomos bem representados, sim.
Boa sorte ao prefeito nos próximos quatro anos.