Nesta quinta-feira (04/05) o vereador Ricardo Alba (PP) levou a conhecimento público uma planilha mostrando os gastos de todos os gabinetes do vereadores e provando que o dele, de fato, foi o que menos gastou nos primeiros três meses do ano.

Alba gastou menos de R$ 70 em março. Em segundo lugar como vereador mais econômico ficou Bruno Cunha (PSB) com apenas R$ 81,92 de gasto e Jens Mantau (PSDB) com pouco mais de R$ 737 de gastos. Em contraponto os três que mais gastaram foram Adriano Pereira (PT) com R$ 2,4 mil, Almir Vieira (PP) com R$ 2,7 mil e Sylvio Zimmermann (PSDB) com R$ 4,5 mil.

Somando os três meses já contabilizados os três vereadores mais econômicos se mantém Mantau (R$ 1,5 mil), Cunha (R$ 1 mil) e Alba (R$ 218), enquanto os três vereadores mais gastões foram Adriano Pereira (R$ 6 mil), o republicano Ito de Souza (R$ 6,1 mil) e, o grande campeão, Zeca Bombeiro (SD), com R$ 6,3 mil. De fato o cálculo (mostrado na imagem abaixo) demonstra que o vereador mais oneroso gastou mais de 30 vezes o que o que foi gasto pelo mais econômico.

O que mais chama atenção, no entanto, é o quanto Zeca Bombeiro gastou em Janeiro, período em que a Câmara trabalhou por bem menos tempo: enquanto a média dos parlamentares blumenauenses não chegou a R$ 1 mil, Bombeiro gastou R$ 2,4 mil. Grande descaso com o dinheiro do contribuinte, afinal outras 14 pessoas têm o mesmo trabalho que ele e gastaram menos da metade.

Para se ter uma idéia do tamanho do gasto dos três parlamentares citados, o vereador Marco da Rosa (DEM) – que é presidente da casa – gastou R$ 4,8 mil no total destes três meses. Considerando o cargo que tem (que, logicamente, exige maior gasto por conta da estrutura), mesmo na presidência Marco gastou menos que Zeca, Ito e Adriano. Parabéns a Marcos. Parabéns ainda mais a Alba. Já aos três demais...

Almir Vieira, que é o vice-presidente da Casa, gastou mais ou menos a mesma quantia de Marco da Rosa, o que serve como mais um indício de que R$ 6 mil reais em três meses é indefensável.

Enquanto isso você continua economizando para pagar as contas de quem não economiza o seu dinheiro.

Tristemente é previsível que haverão justificativas. Sempre hão. Mas ao justificar seus próprios gastos desesnfreados os parlamentares devem atentar ao risco de desprestigiar o trabalho de outros que contribuem tanto quanto eles - ou até mais - para a cidade gastando inacreditavelmente menos.