Egídio Beckhauser é o novo presidente da Câmara
Foto: DivulgaçãoMonday, 04 January 2021
Apesar de ele e sua vice, Silmara, estejam em seus primeiros mandatos, eles passam longe de ser novatos na política.
A eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal teve um resultado que, embora esperado, trouxe um grau suis generis de inovação: tanto o presidente quanto a vice são vereadores de primeiro mandato.
Foram dias – talvez semanas – de articulação para compor a nova chapa composta por: Egídio Beckhauser (Republicanos) como presidente, Silmara Miguel (PSD) como vice, Almir Vieira (PP) como primeiro secretário e Ito de Souza (PL) como segundo secretário.
A chapa foi eleita com os votos de Adriano Pereira (PT), Ito, Almir, Bruno Cunha (Cidadania), Carlos Wagner (PSL), Egídio, Tuca dos Santos (Novo) e Silmara. Contou com oito votos. Disputando com eles estavam os nomes de Marcelo Lanzarin (Podemos) como presidente, Marcos da Rosa (DEM) como vice, Gilson de Souza (Patriota) como primeiro secretário e Cristiane Loureiro (Podemos) como segunda secretária. Eles receberam sete votos, de Alexandre Mathias (PSDB), Cristiane, Gilson, Jovino Cardoso (Solidariedade), Lanzarin, Marcos e Maurício Goll (PSDB).
Podemos dizer, sem medo de errar, que essa eleição foi a chapa da inovação contra a chapa da experiência. Chapa da Inovação porque conta com vereadores com propostas independentes como Bruno, Carlos, Egídio, Tuca e Silmara. E a outra, chapa da experiência, porque contou com apoio de três ex-presidentes da casa (Jovino, Marcos e Lanzarin). A inovação ganhou.
Mas é um ledo engano achar que Egídio, por estar no primeiro mandato, é inexperiente. Seu vasto e bem-sucedido currículo na Fundação Municipal de Desporto prova que ele entende de administração pública e da realidade regional de Blumenau. Silmara, sua vice, também vereadora iniciante, foi chefe-de-gabinete do vereador Marcos da Rosa e tem consigo, além de a experiência que adquiriu na vereança dele, as importantes lições que teve em sua presidência. E os dois contam com os conselhos dos veteranos Almir Vieira e Ito.
Especula-se muito sobre essa ser uma “chapa de oposição” ou antigovernista. Mas sua vocação parece muito menos pragmática do que isso. Egídio é do partido que fez coligação com o prefeito e já declarou, com bom senso, que conduzirá seu mandato com coerência e sem proselitismo. Silmara é conservadora e divide a fé de Mário. Almir também tem uma postura comedida. O único que poderia, claramente, ser oposição, seria Ito.
De qualquer forma é uma mesa incomum, composta por pessoas repletas de vontade para fazer as coisas que julgam certas acontecerem e que, aparentemente, exigirá um grande poder de articulação do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) para governar sem maiores problemas.
E, se tem algo que sabemos que Mário tem, é poder de articulação. E ele nem precisa do Luigi para isso. Ou de cogumelos que brotam de tijolos que flutuam numa ilha de dinossauros.