Políticos criticam agências regionais e defendem viagens ao exterior

Políticos criticam agências regionais e defendem viagens ao exterior
Foto: Solon Soares

Wednesday, 10 May 2017

Discussão dos parlamentares aconteceu em sessão da Assembleia Legislativa em Florianópolis.

A sessão de terça-feira (09/05) da Assembleia Legislativa teve críticas ao custo das Agências de Desenvolvimento Regionais (ADR) e defesa de viagens ao exterior pelos parlamentares.

“O valor pago pelo governo do estado em aluguéis totalizou R$ 41 milhões, são R$ 5,6 milhões somente com as 29 sedes de ADRs, quase 13% do total, com esse dinheiro daria para construir mais de 100 casas populares”, comparou João Amin (PP), que identificou custo de R$ 854 mil anuais com o aluguel da sede da ADR de Mafra.

Segundo João Amin, passados 14 anos da criação das secretarias regionais (hoje ADRs), é possível concluir que elas não eliminaram as desigualdades regionais, muito menos a litoralização. “A SDR é um mito, o desenvolvimento não se deslocou, permaneceu concentrado”, explicou o deputado, que comparou o custo de manutenção de R$ 247 milhões das ADRs com os investimentos realizados através delas, de R$ 225 milhões. “Que conta é esta?”, questionou o representante de Florianópolis.

Já o deputado Kennedy Nunes (PSD) defendeu a oportunidade e o interesse público dos deputados viajarem ao exterior. “Sou o único deputado do Brasil que em todas as viagens que fiz representando esta Casa apresentei um relatório em vídeo do que foi feito”, justificou Kennedy.

O deputado lembrou que é membro da União de Parlamentares Sul Americanos e do Mercosul (UPM) e da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). “Tenho a responsabilidade de representar esta Casa, sempre pratiquei isso, toda missão precisa prestar contas e trazer o relatório”, reforçou Kennedy, que exibiu na tribuna um vídeo sobre a visita que fez a Holanda para conhecer iniciativas de produção de energia limpa, de concessão de crédito, produção de leite e gestão portuária.

“Lá tem uma entidade que dá crédito para comunidades e pessoas de baixa renda, tem mais 28 milhões de clientes, 80% são mulheres”, informou Kennedy. Cesar Valduga (PCdoB) concordou. “É preciso buscar experiências no mundo para o estado evoluir”, observou Valduga, que citou relatório feito por Kennedy sobre viagem à Suíça, quando conheceu o modelo carcerário daquele país europeu.

Texto: Vítor Santos


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