Nesta terça (04/05) o clima ficou tenso na Câmara dos Vereadores. A razão: um projeto de Lei que buscava a autorização para a abertura de créditos adicionais especiais no orçamento da Administração Direta do Município no valor de até R$ 9,2 milhões.

O intuito seria a desapropriação de dois imóveis: um na Rua Araranguá – o Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente (Cematepca) – e outra para a criação da ‘Casa do Professor’, onde docentes poderiam ocorrer cursos de formação, reciclagem a até mesmo promover a interação entre docentes da rede municipal.

Contundo, a alta cifra, o escopo do projeto de divergências ideológicas transformaram a sessão em um campo de batalha onde cada um defendeu seu ponto e nem todos foram decorosos.

Alguns afirmaram que seria usado dinheiro de merenda escolar com fins pouco claros. Outros defenderam que a pandemia abriu precedentes para que esse montante fosse aplicado em outras áreas que, hoje, possuem maior demanda. E ainda houve quem discordasse apenas do valor.

O líder do governo, Marcelo Lanzarin (Podemos), explicou que o projeto era apenas um remanejamento orçamentário e que quando tais imóveis forem desapropriados a Câmara precisará autorizar. Mas nem todos se convenceram. A vereadora Silmara, por exemplo, absteve seu voto por entender que o projeto estava pouco claro em relação aos seus pontos.

Ainda assim o PL foi aprovado com nove votos favoráveis, três contrários e duas abstenções. Agora segue para ser votado em redação final na Casa. Mais atritos ainda devem surgir.