O que aconteceu com os governadores da “nova política”?

O que aconteceu com os governadores da “nova política”?
Foto: Divulgação

Tuesday, 07 December 2021

Em Santa Catarina, o governador enfrentou dois pedidos de impeachment por razões diferentes.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi o único eleito a um cargo majoritário em 2018 que usou o discurso de "renovação". Outros seis governadores aproveitaram a onda da "nova política" e venceram as eleições: Ibaneis Rocha (MDB), no Distrito Federal; Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais; Carlos Moisés (sem partido), em Santa Catarina; Marcos Rocha (PSL), em Rondônia; Antonio Denarium (PP), em Roraima; e Wilson Lima (PSC), no Amazonas. Além deles, Cláudio Castro (PL), que foi eleito vice mas se tornou governador do Rio de Janeiro, também se elegeu numa chapa que defendia a renovação na política – embora ele tivesse sido vereador.

Passados três anos das eleições de 2018, todos esses governadores pretendem disputar a reeleição em 2022. Uns despontam como favoritos em seus estados, de acordo com as pesquisas eleitorais. Outros aparecem na segunda colocação. Mas todos serão confrontados com denúncias de corrupção em seus governos – uma marca da "velha política".

Quatro governadores "outsiders" – Carlos Moisés (SC), Wilson Lima (AM), Marcos Rocha (RO) e Antonio Denarium (RR) – inclusive sofreram processo de impeachment, mas se livraram de perder o cargo em votação nas assembleias legislativas estaduais.

Embora não tenha enfrentado um pedido de impeachment, Ibaneis Rocha também entrou na mira do Ministério Público (MP) no Distrito Federal. Já em Minas, Romeu Zema enfrenta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) estadual que apura o suposto uso irregular de vacinas contra a doença em servidores da saúde. E Cláudio Castro é investigado no Rio por suposta irregularidade na compra de cestas básicas.

Castro, aliás, só é governador por que o ex-juiz Wilson Witzel (PSC), eleito em 2018 como um "outsider", sofreu impeachment. Aliás, foi o primeiro governador em todo o país a ser afastado do cargo por esse motivo desde a redemocratização da década de 1980.

Pandemia foi principal motivo de denúncias contra governadores da nova política
Ações de enfrentamento da pandemia de Covid-19 foram o principal motivo das denúncias de corrupção envolvendo os governos estaduais eleitos na esteira do discurso da "nova política".

O governo do Amazonas foi um dos mais marcados por denúncias de irregularidades na gestão da pandemia, a ponto de ter vivido um colapso na saúde pública marcado pela falta de insumos como oxigênio hospitalar para pacientes internados com a Covid-19.

O próprio governador Wilson Lima foi alvo de duas operações da Polícia Federal (PF). E seu secretário de Saúde, Marcellus Campêllo, chegou a ser preso. Em setembro deste ano, Lima virou réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposta fraude por compra superfaturada de respiradores destinados ao tratamento de pacientes infectados com coronavírus. Lima também conseguiu do Tribunal de Justiça do estado (TJ-AM) uma liminar suspendendo o processo de impeachment contra ele.

Outros governos também entraram na mira de operações e do Ministério Público envolvendo a pandemia. A cúpula da Secretaria de Saúde do Distrito Federal virou alvo de investigações em julho de 2020 pela suspeita de superfaturamento na compra de testes de diagnósticos da Covid-19. O então secretário do governador Ibaneis Rocha, Francisco Araújo, chegou a ser preso.

Além de suspeitas de irregularidades na compra de testes de Covid-19, o governo também é investigado por suposta corrupção envolvendo contratos de reformas de escolas públicas e possível superfaturamento nas contratações realizadas pela Secretaria de Turismo.

Em Minas Gerais, o MP estadual ajuizou uma ação civil pública de improbidade administrativa contra o ex-secretário de Saúde do estado Carlos Eduardo Amaral, e outras 14 pessoas, por suspeitas de irregularidades na vacinação contra a Covid-19 que permitiram a imunização de servidores da pasta antes do prazo estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). O caso ficou conhecido como "escândalo dos fura-filas" e motivou a abertura de uma CPI.

Em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés foi alvo de mandado de busca e apreensão por suspeitas na compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões. O inquérito foi posteriormente arquivado. Pelas suspeitas, ele chegou a ser afastado do cargo e respondeu por um processo de impeachment, mas foi absolvido por 6 votos a 4.

Carlos Moisés também foi sofreu um segundo processo de impeachment sob acusação de irregularidades ao equiparar o salário de procuradores do Estado com o dos procuradores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Também se livrou das acusações.

Em Rondônia, a PF investigou supostos esquemas de fraudes na aquisição emergencial de testes rápidos para o diagnóstico da Covid-19. Segundo os investigadores, havia indícios de irregularidades na dispensa de licitação para compra dos testes que não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de superfaturamento no valor de cada unidade.

Além disso, o governador Marcos Rocha enfrentou logo em seu primeiro ano de mandato um processo de impeachment, por suposta violação à Constituição ao promover 16 nomeações de presidentes e dirigentes de autarquias e fundações do estado sem que os nomes tivessem sido aprovados pelo Poder Legislativo. O pedido chegou a tramitar na Assembleia, mas foi arquivado.

Já o governo estadual de Roraima foi alvo de duas operações acerca do mau uso de recursos públicos para combater a Covid-19. A compra superfaturada de respiradores e um suposto esquema criminoso de cerca de R$ 20 milhões em emendas parlamentares foram alvos das investigações que flagraram o senador Chico Rodrigues (DEM) com dinheiro na cueca.

Todas essas suspeitas levaram os governadores Wilson Lima, Ibaneis Rocha, Carlos Moisés, Marcos Rocha e Antonio Denarium a serem convocados a depor na CPI da Covid-19 no Senado Federal. Um requerimento de convocação de Cláudio Castro também chegou a entrar em pauta. Contudo, por determinação Supremo Tribunal Federal (STF), as convocações foram suspensas. O entendimento era de que os governadores poderiam apenas ser convidados. E a CPI acabou não ouvindo nenhum governador; apenas Witzel, que já havia perdido o mandato, foi ouvido pelos senadores.

No Rio de Janeiro, além das acusações contra o ex-governador Wilson Witzel por fraudes na contratação de duas organizações sociais destinadas ao enfrentamento da pandemia (que motivaram seu impeachment), o MP do estado também investiga o atual governador Cláudio Castro por suspeita de fraude na compra de mais de um milhão de cestas básicas. Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o prejuízo pode chegar a R$ 3,4 milhões.

Cláudio Castro também foi acusado de ter recebido R$ 100 mil em propina de um empresário investigado por corrupção quando ainda era vice-governador, segundo vídeos obtidos pela Globo News. Castro nega e afirma estar processando quem o acusou.

Como está o cenário eleitoral em Minas Gerais

Único dos governadores eleitos pelo discurso da nova política a não enfrentar um processo de impeachment e não ter sido convocado pela CPI da Covid-19, Romeu Zema aparece como favorito na disputa pela reeleição em 2022. Pesquisa divulgada em novembro pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta o governador de Minas Gerais à frente em dois cenários estimulados, quando os eleitores recebem uma lista de possíveis candidatos.

Em um dos cenários, Zema é apontado com 46,5% das intenções de voto em uma disputa com um total de nove nove candidatos ao governo. Em outra simulação, com cinco pré-candidatos, ele aparece com 48,6% dos votos. Em ambos os cenários, seu principal adversário, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), não ultrapassa os 24%.

O favoritismo de Zema provocou um fenômeno curioso: tanto Bolsonaro quanto o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) o querem em seu palanque no estado. Moro e o governador mineiro se reuniram em um almoço em Belo Horizonte no último dia 24 para discutir uma aliança nas eleições do próximo ano.

Por identidade programática entre Podemos e Novo, Moro acredita que conseguirá atrair Zema para uma aliança. Mas os aliados de Bolsonaro prometem manter o diálogo com o governador a fim de convencê-lo a compor com a chapa presidencial à reeleição.

Já o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio se articula para ser candidato ao Senado pelo PL – novo partido Bolsonaro se filiará – em uma chapa com Zema em Minas Gerais. Essa aliança, se for viabilizada, garantiria o apoio do governador mineiro para Bolsonaro. Segundo o deputado, Zema conduziu sua gestão com muita responsabilidade, incluindo a condução do combate à Covid-19, e isso ajudou a construir uma boa relação com o governo federal.

"Ele não entrou nesse jogo político de querer, de alguma forma, desgastar o presidente [Bolsonaro] visando às eleições presidenciais de 2022. O governador Zema, em vários momentos, se posicionou dizendo que estava preocupado com o bom andamento do governo do estado de Minas Gerais e que não iria entrar nessa briga política. Isso facilitou muito. A proximidade aconteceu", diz Álvaro Antônio.

Ex-ministro do Turismo de Bolsonaro, Álvaro Antônio diz que esteve em duas reuniões entre Zema e Bolsonaro. "Também estive com o governador Zema e o ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura], obviamente buscando benefícios para o estado de Minas Gerais. Há pouco tempo, anunciamos quase R$ 3 bilhões para o metrô de Belo Horizonte. Facilitou muito aí essa postura correta e responsável do governador Zema para que a gente pudesse estar mais próximo dele agora em 2022", diz Álvaro Antônio.

Lideranças do Novo ponderam, contudo, que seria difícil o partido liberar o governador para oferecer palanque à candidatura de Bolsonaro no estado. "Não dá para o Novo coligar com partidos como PP e PL, que serão a base do Bolsonaro. Às vezes, você fala que dá para coligar nos estados com esses partidos, mas nacionalmente não dá", afirma um correligionário de Zema.

Como está o cenário eleitoral no Distrito Federal

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, atualmente está em uma situação eleitoral confortável para 2022, apesar de investigações contra seu governo. Segundo pesquisa divulgada em setembro do Instituto Exata Opinião Pública, 5,4% acham a gestão ótima; 23,9% boa; 42,1% regular; 11,8% ruim; e 15,3% péssima.

O mesmo instituto aponta que, no cenário estimulado da pesquisa, Rocha lidera com 28% das intenções de voto, enquanto os senadores Leila Barros (Cidadania-DF) e Reguffe (Podemos) aparecem com 12,3% e 10,6%, respectivamente. No cenário espontâneo, quando os eleitores não recebem uma lista de possíveis candidatos, Ibaneis lidera as intenções com 16,6%. A ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), aparece com 1,3%.

Para a reeleição, Rocha articula nos bastidores a montagem de uma coligação para fortalecer sua candidatura com o apoio de partidos que, na esfera federal, apoiarão Bolsonaro – casos de PL e Republicanos. O governador acena com um posto de vice ou ao Senado para Flávia Arruda.

O Republicanos também tem negociado para se manter na base de Rocha para 2022. Vice-líder do partido na Câmara, o deputado Júlio César Ribeiro (DF) entende que o governador sairá à reeleição muito mais fortalecido do que os últimos dois governadores, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Agnelo Queiroz (PT).

"Em um momento como esse em que estamos, a rejeição dos governadores eram gigantescas. E não é o caso dele, que mesmo em meio a essa situação que tivemos da Covid, e houve recessão no país e no mundo todo, ele sempre tentou buscar alternativas para que a cidade não ficasse totalmente parada. E graças a Deus ele teve uma situação bem favorável", elogiou Ribeiro.

Como está o cenário eleitoral no Rio de Janeiro

O atual governador Cláudio Castro (PL) apareceu em terceiro colocado na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, de acordo com pesquisa feita pela Quaest Consultoria & Pesquisa. Castro obteve 14% de intenções de voto em um cenário contra o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD, que ficou com 26%), e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB, com 19%).

Em um cenário sem Paes, que tem dito que não será candidato ao governo do Rio, Castro aparece com 16% das intenções de voto, atrás apenas de Freixo, com 25%. Em um terceiro cenário, sem Paes e com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), Castro aparece em terceiro, com 12%. Freixo lidera com 23%, seguido de Mourão, com 17%.

O deputado federal Márcio Labre (PSL-RJ), que vai migrar para o PL, acredita que Castro tem boas chances de se reeleger, sobretudo ao ser associado a Bolsonaro na construção do palanque político. "O Cláudio é um excelente conciliador, pacificador e articulador. Conseguiu um feito histórico no Rio, que é conciliar todas as forças políticas do estado numa coalizão", diz Labre.

A possibilidade de Mourão lançar sua candidatura é considerada "praticamente nula" pelo deputado, que não acredita na desconstrução da campanha de Castro com o apoio do Centrão no estado. Com isso, o deputado, que integra a base de Bolsonaro no Congresso, acredita que o principal adversário será Freixo.

"O que resta de alternativa de oposição é o Freixo e o [Felipe] Santa Cruz [presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB)], extremista de esquerda fantasiado de advogado. E tem a situação do próprio Eduardo Paes que, para mim, ainda não está definida se vem numa aliança com o Freixo ou se vai definir uma chapa de última hora", diz Labre.

O deputado mostra, contudo, confiança em uma vitória do atual governador. "O problema do Cláudio é que ele não é muito conhecido. Mas está se tornando conhecido de forma progressiva; a cada mês sobe um degrau porque está se interiorizando", diz Labre. "Está fazendo o que o [ex-governador Anthony] Garotinho fez nos anos 1990, interiorizando, entregando obra, conjunto habitacional, escolas."

Como está o cenário eleitoral em Santa Catarina

m julho, o Instituto Paraná Pesquisas mostrou que o governador Carlos Moisés (sem partido) tinha 24,2% das intenções de voto num cenário estimulado. O senador Jorginho Mello (PL-SC) obteve 16,1%.

Embora o levantamento seja antigo, mostra que Moisés tem potencial eleitoral. Mas o governador tende a não ter apoio da base de Bolsonaro, que foi fundamental para sua eleição em 2018. O presidente vai apoiar Jorginho Mello.

O deputado federal Coronel Armando (PSL-SC), ex-vice-líder do governo na Câmara, inclusive avalia que, se a mesma pesquisa fosse feita hoje, o senador estaria mais bem posicionado, sobretudo após a defesa feita ao governo e a Bolsonaro na CPI da Covid-19.

"O grande trunfo do Jorginho é que Bolsonaro o prestigia muito. Além de ser um senador bem capacitado, ele ganhou muita evidência defendendo o presidente na CPI e quem está alinhado ao Bolsonaro leva voto", diz Armando. "Considero aqui bem definido: é o estado mais 'bolsonarista' do Brasil."

Armando acredita que Moisés não sofreu impeachment porque conseguiu obter apoio de prefeitos ao enviar recursos aos municípios. "Alguns prefeitos estão com Moisés agora. Mas não sei se ficariam durante a eleição; é um governador que não sei se os partidos querem apoiar", diz.

Outro motivo que leva Armando a não acreditar em uma vitória do atual governador é o fato de Moisés ter se desassociado de Bolsonaro. Eleito como Comandante Moisés, ele abdicou da identificação militar e se distanciou do governo. "Moisés não tem partido [o governador se desfiliou do PSL]. Foi ingrato com Bolsonaro. Desde o início o traiu e não tem uma base de apoio popular. Não tem a mínima chance de ele ser reeleito", aposta o deputado da base de Bolsonaro.

Como está o cenário eleitoral no Amazonas

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), apareceu em segundo lugar, empatado com outro pré-candidato, em uma pesquisa de setembro do instituto RealTime Big Data. O levantamento mostrou o ex-governador Amazonino Mendes (sem partido) com 28% das intenções de voto no cenário estimulado. Lima ficou com 15%, empatado com o deputado federal José Ricardo (PT). Já o senador Eduardo Braga (MDB) aparece com 13%.

Na pesquisa espontânea, Amazonino Mendes aparece com 6% das intenções de voto. Wilson Lima vem logo atrás, com 5% dos votos, seguido pelo prefeito David Almeida (Avante), com 3%, e Eduardo Braga e Zé Ricardo, ambos com 2% cada. O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) e o senador Omar Aziz (PSD) aparecem com 1% cada.

Como está o cenário eleitoral em Rondônia

A disputa pelo governo de Rondônia não teve pesquisas de intenção de voto tradicionais realizadas nos últimos meses, Mas o Instituto Haverroth fez em outubro uma pesquisa qualitativa que mede o potencial eleitoral de possíveis grupos políticos. E a pesquisa incluiu o grupo do PSL, partido do governador Marcos Rocha, junto com o do DEM. Os dois partidos vão se fundir para para criar o União Brasil.

Esse grupo político, segundo a pesquisa, tinha um potencial de obter um máximo de 40% dos votos e de no mínimo 15%. Além de Rocha, o União Brasil tem hoje outro nome que pode vir a ser candidato ao governo: o senador Marcos Rogério (DEM).

A pesquisa mediu ainda o potencial eleitoral de outros dois grupos políticos de Rondônia. O grupo de Hildon Chaves (PSDB), obteria um máximo de 45% dos votos e um mínimo de 20%. E o de Confúcio Moura (MDB) ficaria, respectivamente, com 55% e 25%.

Nesses cenários, o grupo do atual governador seria o terceiro com maior potencial eleitoral.

Mas, na criação do União Brasil pela fusão entre DEM e PSL, apenas o governador ou o senador Marcos Rogério dos dois poderá ser o candidato. Apesar disso, o cenário é mais incerto. E ambos podem vir a disputar a mesma cadeira.

O vice-presidente nacional do PSL, deputado federal Júnior Bozzella (SP), acredita que a tendência é de que Marcos Rogério deixe o partido e se filiar ao PP ou ao PL, pois o União Brasil tende a apoiar a candidatura à reeleição de Rocha.

"No União Brasil, o Marcos Rogério não terá espaço para uma candidatura ao governo", diz Bozzella. O deputado acredita, contudo, que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) pode estar no palanque do atual governador e que, assim, ele não sairá enfraquecido sem o apoio de Bolsonaro, que deve ir para Marcos Rogério. "Tenho recebido muitas ligações de caras que eram muito bolsonaristas na região Norte e que ficaram alucinados em estar junto com o Moro", justifica.

O senador Marcos Rogério ganhou muitos pontos com Bolsonaro ao se mostrar como o principal defensor do presidente e do governo durante a CPI da Covid no Senado.

Como está o cenário eleitoral em Roraima

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), apareceu com 19,8% das intenções de voto, segundo a última pesquisa divulgada no estado, do Instituto Padrão. Com quase 20% de intenções de voto, Denarium ficou na segunda posição, mas bem atrás da primeira colocada. A ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB) obteve 70,2% das intenções de votos. O professor de História da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Fábio Almeida (PSOL), que disputou a prefeitura de Boa Vista em 2020, aparece com 2,2%.

Metodologia das pesquisas citadas na reportagem

O levantamento em Minas Gerais do Instituto Paraná Pesquisas entrevistou 1540 com 16 anos ou mais em 92 municípios entre 3 e 5 de novembro de 2021. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais telefônicas, não robotizadas. A mostra representativa atinge um nível de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,5% para os resultados gerais.

Já a pesquisa no Distrito Federal, do Instituto Exata Opinião Pública, foi realizada entre 15 e 26 de agosto com entrevistas presenciais de 4.090 pessoas. A metodologia utilizada apresenta uma margem de erro de 1% e intervalo de confiança de 98%.

A pesquisa que aponta a situação no Rio de Janeiro, da Quaest, foi encomendada pelo jornal O Globo. O levantamento foi feito com entrevistas de 1.804 pessoas no estado, de forma presencial, entre 22 e 26 de outubro. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Em Santa Catarina, o Instituto Paraná Pesquisas entrevistou 1.514 eleitores com 16 anos ou mais em 86 municípios entre 15 e 19 de julho deste ano. O levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais telefônicas, não robotizadas. O nível de confiança é de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,5% para os resultados gerais.

No Amazonas, a pesquisa do instituto RealTime Big Data foi encomendada pela Record TV Manaus. Foram entrevistadas 1,2 mil pessoas por telefone entre 8 e 9 de setembro deste ano. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em Rondônia, a pesquisa do Instituto Haverroth (IHPEC) foi feita com entrevistas de 1.630 pessoas em todas as regiões do estado. O levantamento foi divulgado pelo jornalista e coach de inteligência política Dejanir Haverroth, em veículos de comunicação do estado. Ele não informou maiores detalhes da pesquisa.

Em Roraima, o Instituto Padrão entrevistou presencialmente 1,7 mil pessoas em todo o estado entre 24 e 29 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,38% para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela TV Imperial, filiada da Record TV.


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