Golpe da falsa multa sobre uso do VPN para acessar o X

Golpe da falsa multa sobre uso do VPN para acessar o X
Foto: Roberto Gardinalli

Friday, 06 September 2024

Golpistas usam e-mail e WhatsApp com links maliciosos dizendo que usuários foram multados pela utilização dos embaralhadores geográficos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) fez um alerta sobre um golpe que usa o nome da Corte para fazer falsas cobranças de multas ou comunicações fictícias sobre “ordens judiciais”.

Um dos golpes que circula em aplicativos de mensagens traz um falso comunicado de uso indevido do VPN (rede virtual privada) para acessar a rede social X.

A mensagem com o golpe traz o nome do ministro Alexandre de Moraes e um link para que a pessoa gere um boleto e faça o pagamento da multa de R$ 50 mil.

Há outros conteúdos maliciosos que chegam por e-mail informando uma suposta “ação judicial de extrema gravidade” com um link para acesso ao documento.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também fez um alerta semelhante. O golpe utiliza mensagens falsas em nome da agência e informa os usuários sobre supostas multas por acessar o X via VPN.

Os links, na verdade, tratam de um ataque cibernético chamado “phishing”. É um tipo de golpe em que os criminosos tentam obter informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito, informações bancárias ou outros dados pessoais, fingindo ser uma entidade confiável.

O principal objetivo do phishing é enganar as vítimas e, assim, obter informações confidenciais ou fazer com que essas pessoas realizem ações prejudiciais, como clicar em links maliciosos, abrir anexos infectados por malware ou fornecer dados pessoais em sites falsos.

Multa

A decisão de Alexandre de Moraes que suspendeu o X em todo o país, confirmada pela primeira turma do Supremo, de fato impôs a multa de R$ 50 mil a quem burlar o bloqueio por meios tecnológicos, como o VPN.

A tecnologia faz parecer que o usuário está navegando pela internet de outro país, contornando eventuais bloqueios geográficos.

Há dúvidas, no entanto, sobre as possibilidades de fiscalização de quem usou a ferramenta para acessar a plataforma.

Em todo caso, a comunicação de eventual multa não é feita por e-mail direto da Corte e muito menos por aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

O STF também informou que não emite boletos, nem solicita transferências bancárias, tampouco requer pagamentos por meios digitais não oficiais.

Em caso de dúvidas e denúncias, entre em contato com o STF, por meio da página da Ouvidoria acessível aqui.


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Redação

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