Nessa quinta (3) uma mulher adulta agrediu uma adolescente dentro de um colégio da Velha.

De acordo com as informações repassadas pela Polícia Militar, a agressora seria mãe de outra aluna e estaria acusando o educandário de permitir que sua filha tivesse más influências. Repentinamente, em um momento de surto, a mulher esbofeteou uma jovem de 16 anos que sequer a conhecia e agrediu funcionárias do local, sendo necessária a presença de três viaturas da Polícia Militar para contê-la. A vítima sequer conhecia a filha da agressora.

As primeiras informações indicam que ela seria portadora do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Ela foi encaminhada – junto com as vítimas – para a 2º Delegacia de Polícia Civil, onde os depoimentos foram tomados. A agressora foi presa em flagrante.

Por conta dos três agravantes do crime – uma das vítimas ter menos de 18 anos, outra ser funcionária pública e o crime ter ocorrido dentro de um educandário – o Ministério Público deve ser acionado. De acordo com testemunhas, a agressora fez diversas ameaças contra a adolescente que sequer conhecia . Os envolvidos deverão pedir uma medida liminar de afastamento tanto  em relação à jovem agredida covardemente quanto à escola.

O Conselho Tutelar também deverá ser acionado e é possível que um laudo psiquiátrico seja pedido pelo MP para constatar o grau de culpabilidade da mulher.

É mais grave do que uma agressão gratuita

Caso seja confirmado o surto, isso vai além de um tapa gratuito numa jovem desconhecida. Uma pessoa em surto pode ser capaz de fazer algo com um potencial ofensivo ainda maior. Se a garota tivesse reagido? E se, no afã da fúria, a agressora dispusesse de uma faca?

Não podemos esquecer que, dois anos atrás – também em um mês de abril – um psicopata entrou da creche Bom Pastor e assassinou crianças a sangue frio. Creche, aliás, não muito distante da escola onde essa agressão ocorreu. O mesmo mês. Naquele caso o agressor foi condenado a 220 anos (que não cumprirá integralmente), mas as crianças estão mortas. E se isso tivesse se repetido ontem? A sociedade não pode tolerar isso.

Não vamos deixar crianças, jovens e educadores sangrarem nas mãos de pessoas insanas.

O Ministério Público deve ser cobrado, pois não pode agir sem provocação. O Conselho Tutelar não pode ficar inerte. E a escola – bem como seus profissionais – deve receber todo o apoio, respeito e suporte... porque também foi vítima das ações insanas de uma mente imprevisível.

Por motivos de segurança a respeitando tanto a Legislação vigente quanto os envolvidos, nenhum nome ou endereço serão divulgados. Nem dos envolvidos, nem da escola.