Polícia Civil de SC prende 12 pessoas por crime de pedofilia
Foto: DivulgaçãoFriday, 18 May 2018
A Operação Luz na Infância é uma ação nacional de combate à pedofilia coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública (Mesp), em parceria com as polícias Civis do Distrito Federal e de 24 estados. Em Santa Catarina, a operação foi coordenada pela Deic/Drci – Divisão de Repressão a Crimes na Internet.
A Polícia Civil prendeu em flagrante nesta quinta-feira, 17, na Operação Luz na infância, 12 pessoas pelo crime de pedofilia em Santa Catarina. Um dos conduzidos foi apreendido porque tem 17 anos e tinha em sua posse imagens de crianças. Outros 35 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Garuva, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Brusque, Blumenau, Balneário Camboriú, Camboriú , Itajaí, Tijucas, Lages, Florianópolis, São José, Palhoça, Jaguaruna e Criciúma. Foram apreendidos notebooks, HDs, celulares. (o número será atualizado no final da tarde porque a operação está em andamento).
A Operação Luz na Infância é uma ação nacional de combate à pedofilia coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública (Mesp), em parceria com as polícias Civis do Distrito Federal e de 24 estados. Em Santa Catarina, a operação foi coordenada pela Deic/Drci – Divisão de Repressão a Crimes na Internet. Participaram das ações 183 agentes de segurança, sendo 140 policiais civis e 43 peritos do IGP.
De acordo com o diretor da Deic, delegado Anselmo Cruz, as pessoas presas na manhã desta quinta-feira tinham em sua posse imagens (fotos, vídeos, animações) com conteúdo identificado como pornografia infantojuvenil, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Estes 12 presos mais o adolescente apreendido não tinham como negar que as imagens lhes pertenciam, por isso a prisão em flagrante. Mas é importante salientar que após a conclusão da análise que os peritos do IGP fizerem nos equipamentos apreendidos outras pessoas poderão ser indiciadas”, observou o delegado.
Titular da Divisão de Repressão a Crimes, o delegado Luiz Felipe Rosado disse que há quatro meses trabalhava na identificação de suspeitos e levantando indícios para embasar os pedidos de busca e apreensão nas residências, junto ao Poder Judiciário. “É um trabalho delicado porque o trânsito desse material pornográfico infantojuvenil se dá entre as pessoas, que trocam arquivos. Também há pessoas que produzem e comercializam filmes com pornografia infantil”, observou delegado Luiz Felipe Rosado.
PARTICIPAÇÃO DO IGP
Toda os mandados de busca foram cumpridos por equipes formadas por policiais civis e peritos do IGP. Isso porque o IGP é responsável por identificar se há material suspeito no computador da pessoa suspeita. “Para isso usamos um software forense que consegue varrer o equipamento e, em 20 minutos, em média, localiza os arquivos que podem ter conteúdo pornográfico”, explico o perito do IGP Wilson Leite.
O diretor do Instituto de Criminalística do IGP, Tiago Petry, informou que todo o material apreendido será periciado no IGP. Os laudos dos presos em flagrante serão liberados ainda nesta quinta-feira. Os demais serão analisados nos próximos dias.
O delegado Anselmo destacou que é considerado crime de pedofilia armazenar, produzir e disponibilizar material com conteúdo pornográfico envolvendo crianças. Outro dado importante é que não há um perfil que caracterize o pedófilo. “São pessoas das mais variadas idades e mais diferentes níveis sócioeconômicos”, afirmou.
O delegado reforça que se as pessoas suspeitarem que alguém possa estar cometendo este tipo de crime denuncie pelo telefone 181, da Polícia Civil de SC, ou pelo disque 100 da Rede Nacional de Combate à Pedofilia.