Por volta do meio-dia deste sábado (11/02) um casal transitava pela Rua Benjamin Constant (Vila Nova) quando vindo do Centro em direção à Escola Agrícola quando viram um vagabundo que, ao passar por um ponto de ônibus, arrancou o celular das mãos de uma jovem e fugiu covardemente.

Indignado, o casal seguiu de carro o meliante fazendo-o parar em uma rua transversal.

Acossado e com a covardia que pessoas de sua estirpe têm, o meliante disse que já havia jogado fora o celular roubado e voltou a fugir correndo, sendo perseguido agora por, além de o casal, um caminhoneiro profissional de uma empresa da cidade. Vendo que a situação não iria terminar bem para ele, o covarde se escondeu em uma casa vazia em reforma.

Vários vizinhos (cerca de 15, de acordo com testemunhas), um motociclista e um senhor de bicicleta se envolveram na situação, injuriados com o covarde criminoso escondido. Os ânimos estavam exaltados e uma das pessoas chegou a se armar com um piso de cerâmica.

O casal ligou para a polícia por mais de uma vez, dando o endereço de onde estavam e alertando que havia a real possibilidade de o marginal ser linchado caso demorassem a chegar.

Quando os populares o pegaram o renderam até que os policiais chegassem. Provando que além de covarde era mentiroso, o criminoso estava com o celular roubado (que afirmara ter jogado fora) ainda em mãos. A vizinhança estava indignada com o ato de vagabundice.

Se por um lado um agrupamento de pessoas unidas para conter um marginal por conta de um celular roubado sem o uso de violência parece uma ação de intensidade descabida, por outro isso mostra que as pessoas – sejam em cidades outrora pacatas como Blumenau ou em locais notadamente violentos como o Rio de Janeiro – não suportam mais viver com medo de bandido. Pode-se dizer que a sociedade está, literalmente, à flor da pele.

Provavelmente o meliante foi encaminhado à delegacia no bom cumprimento do trabalho policial e indiciado, mas graças a qualquer absurdo jurídico, ele vai voltar rapidamente às ruas enquanto suas vítimas vão continuar se escondendo para sua própria proteção.

Duvida? Baste lembrar o caso do goleiro Bruno – o ‘Chico Picadinho do Século XXI’ – que matou, esquartejou e deu os pedaços da sua ex-namorada para os cachorros comerem, sendo inexplicavelmente liberado pelo questionável Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o ladrão, talvez, trocar um celular roubado por algumas pedras de crack valha mais do que a possibilidade de perder merecidamente os dentes que ainda guarda na boca.