O resgate de animais silvestres realizado em Jaraguá do Sul aumentou em mais de 100% desde 2017, quando foi implantado o programa de Resgate de Fauna da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente. A informação é do chefe de Educação Ambiental da Fujama, o biólogo Christian Raboch Lempek, destacando que esse aumento foi significativo já na comparação com 2018, quando houve 234 recolhimentos, contra 117 do ano anterior. Com mais 240 resgatados até o início deste mês de dezembro, o programa soma 591 animais recolhidos nos últimos três anos. Serpentes, gambás, porco-espinho, bugio e cachorro do mato, além de filhotes de tamanduá-mirim e de corujas, estão entre as principais espécies resgatadas.

Para Christan Lempek, “esse crescimento se deve ao trabalho da Fujama em estar cada vez mais conhecido por meio do programa de Resgate de Fauna, que serve como auxílio aos munícipes, que sentem mais seguros ao acionar profissionais capacitados”. Ele lembra que ninguém tem obrigação de saber se determinado animal é peçonhento ou não e por isso ligam pra quem possui esse conhecimento. Lempek destaca que por conta desse resultado, o programa despertou interesse de outros municípios, que procuram a Fujama para palestras, o que já rendeu sua apresentação, por exemplo, em Joinville e Itajaí, ambas na Unisociesc.

Integrada também pelo biólogo Gilberto Duwe e mais dois estagiários, o programa de Resgate de Fauna pode ser acionado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17 horas, ligando para a Fujama: 3273-8008. À noite e nos fins de semana, esse atendimento é realizado pelos Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul, por meio do número 193.

De acordo com Lempek, todos os resgates são registrados em um banco de dados, que fica disponível para consulta na Fujama. Essas informações, por exemplo, estão sendo consultadas por um dos estagiários da Fujama – o estudante de Ciências Biológicas da Univille, Kenedy Machado Fagundes Munhoz – como fonte para elaboração de seu Trabalho de Conclusão de Curso.