Crimes em shopping e mercado expõem a realidade da segurança

Crimes em shopping e mercado expõem a realidade da segurança
Foto: Divulgação

Wednesday, 22 January 2020

Assaltos no Angeloni e no Shopping Park Europeu - lugares tidos como seguros - escancaram a necessidade de a sociedade valorizar o trabalho da polícia.

A cada dia que se passa a violência fica maior e, os criminosos, mais ousados. Se no passado era recorrente evitar locais tidos como suspeitos para não ser alvo de nenhum meliante, hoje são eles que buscam suas vítimas: literalmente em qualquer lugar.

E a prova disso está todos os dias em capas de jornal e sites de notícias.

Sábado (18/01) dois vagabundos armados entraram no Shopping Park Europeu às 22h30 e assaltaram o Subway, levando cerca de R$ 1 mil do caixa. Os criminosos fugiram a pé do local. Um local que, teoricamente, deveria ser seguro. Que tem uma equipe de vigilância. Mas nem isso tem sido o bastante para evitar o atrevimento da escória.

Já na segunda (20/01) dois imprestáveis entraram no Angeloni da Fonte, se dirigiram à lotérica e tentaram um assalto utilizando armas falsas. Percebendo que não conseguiriam o que pretendiam porque a empresa é blindada (sim, além de imprestáveis, eles são burros), fugiram correndo pelo parque atrás do mercado, não voltando a ser localizados.

Antigamente era comum ver policiais andando pelas ruas centrais, viaturas passavam com frequência e até mesmo postos móveis da Polícia Militar eram colocados em áreas como a praça da catedral. Mas isso foi diminuindo conforme o efetivo também diminuiu.

Infelizmente a nossa sociedade não prestigia o trabalho da polícia e tampouco nossos governantes lhes dão o reconhecimento que merecem. Em países mais desenvolvidos, ver um policial nas ruas é sinônimo de segurança. Aqui, no entanto, algumas pessoas teimam em ver esses corajosos profissionais com desconfiança. Como se tivessem algo a temer.

“Mas um dia a polícia me abordou”, alguns dizem. E quem bom que abordou. É uma prova de que a corporação está fazendo o seu trabalho. Você pode ser (e certamente é) uma pessoa honesta, mas os policiais não têm como saber disso. Portanto eles precisam, sim, abordar pessoas em qualquer situação suspeita e o primeiro contato dificilmente será sorridente porque eles não sabem o que esperar da pessoa abordada. É necessário compreender.

Mas a sociedade em que vivemos está repleta de gente frívola que quando vê um drogado de rua (que geralmente incomoda muito as pessoas) sendo enquadrado filma o falso escândalo que o sujeito improfícuo faz e solta na internet criminalizando as pessoas que estão, sim, ao lado da Lei: os policiais.

Esse tipo de postura desanima muitos agentes da Justiça enquanto serve como incentivo para que a marginalia se torne cada vez mais atrevida em seus crimes. Até que um dia você não possa sequer passear em um shopping center sem temer um assalto.

E aí você vai chamar a polícia. E, talvez, enquanto o criminoso que lhe abordou esteja sendo preso e fingindo que sente dor, algum imbecil filme a cena do vitimismo barato.

Os críticos da Polícia Militar não contam com um holofote pintado com o símbolo de um morcego em cima das delegacias. Aliás, a maioria das pessoas que chama as forças policiais de ‘fascistas’ (o termo mais mal-empregado do Brasil) gosta do Batman, que é um personagem que espanca criminosos, tortura psicopatas e age à margem da Lei. Alguém que, se existisse, agiria de forma muito mais hostil e reacionária do que qualquer policial.

Então vamos começar a valorizar os agentes das forças policias (Militar, Civil e Federal). São eles, grosso modo, que impedem que o cidadão viva numa ‘criminocracia’ quase anárquica.


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Ricardo Latorre

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