Coronafest: polícia fecha baile funk com 150 pessoas no Fidélis

Coronafest: polícia fecha baile funk com 150 pessoas no Fidélis
Foto: Polícia Militar

Monday, 11 May 2020

No mesmo dia em que o TJSC exige de Blumenau um plano de ação contra a Covid-19, jovens irresponsáveis tornam-se deliberadamente vetores de contaminação da doença.

Na madrugada deste sábado (09/05) a Polícia Militar encerrou um baile funk em um sítio no Fidélis. Vizinhos, incomodados com o movimento em plena quarentena, acionaram as forças policiais, que foram ao local impor a medida de restrição de eventos.

Lá os policiais encontraram uma aglomeração com mais de 150 pessoas – entre eles menores de idade – ouvindo música alta, consumindo bebida alcoólica e drogas. Caixas de som, maconha e ecstasy foram apreendidos. O organizador desse evento sórdido e irresponsável assinou um termo circunstanciado por crime de infração à determinação do Poder Público para que se evitem reuniões onde o coronavírus possa ser propagado. Veículos estacionados de forma irregular no local também foram multados.

Enquanto jovens inconsequentes estavam ouvindo ‘música’ e se drogando, 184 pessoas sofriam com a Covid-19 (seja em suas casas, hospitais ou UTIS) e duas famílias choravam os óbitos de seus entes queridos. Mas para esse tipo de pensamento medíocre – de gente asquerosamente egoísta – tanto faz.

No mesmo dia, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) havia ordenado que o município de Blumenau implantasse um plano de ação contra o coronavírus em até 48 horas. A decisão, divulgada à noite, foi uma resposta a uma Ação Civil Pública deflagrada pela Defensoria Pública do Estado que acusou o Executivo de não ter estratégias para combater a doença e tampouco gerir de forma satisfatória as equipes de Saúde.

São dois extremos de um mesmo problema: a forma de lidar com a virose vinda da China.

O que esses jovens quase acéfalos não entendem é que eventos como esse podem aumentar exponencialmente os casos, tornando cada idiota presente nessa festa um potencial vetor de contaminação. E, caso a curva não se achate ou, pior, aumente muito, não é descartado um novo fechamento das atividades econômicas. Tampouco um lockdown. Daí esse mesmo grupo vai reclamar, fingindo não ser o responsável pelo agravamento da crise.

Numa época tão insólita e com pessoas se comportando de maneira tão surreal chega a soar pertinente citar uma frase do popular seriado Chaves: “muito ajuda quem não atrapalha”.


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Redação

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