Por volta das 2h40’ desta terça-feira (02/05) um homem foi abordado por outro homem no bairro Santa Terezinha, de Gaspar, que lhe pediu cigarro. Ao se distrair para procurar o que lhe foi pedido, a vítima foi estrangulada pelo criminoso que o assalto e estuprou.

Sim. Um homem foi estuprado em Gaspar.

Violentado e sem celular, o homem pediu ajuda em um posto de gasolina e seguiu até a polícia, onde fez a denúncia. Em rondas as forças policiais conseguiram localizar o suspeito que, depois de reconhecido pela vítima, admitiu o roubo, a relação sexual e mostrou onde o celular estava escondido.

O estupro é provavelmente a forma mais hedionda de crime que pode ser cometido e esse homem que sofreu essa agressão grotesca têm sido alvo de piadinhas e insinuações de que talvez a relação tenha sido consensual: exatamente  como fazem com um estupro contra mulheres.

É fundamental as pessoas pararem de tratar o estupro como algo ‘engraçado’ ou ‘merecido’. Não é. É o ato mais íntimo de violência que pode ser praticado contra um ser humano.

Se você estiver passando por algum lugar e sentir que está sendo seguida (ou seguido) não corra ou peça socorro... grite: “incêndio”. As pessoas tendem a não querer se meter quando percebem que alguém está em risco, mas costumam correr para ver onde está pegando fogo. Geralmente isso é o bastante para que o agressor em potencial fuja.

Evite falar com estranhos em locais desertos ou escuros, mas se mesmo assim o pior acontecer, REAJA. Esqueça essa filosofia passiva que não leva a lugar nenhum. Sua vida vale e sua dignidade também. Lute por elas. Você tem unhas, dentes e geralmente há coisas que podem ser usadas como armas como chaves, pedras, pontas cortantes de telhas. Não se renda. Se necessário, mate seu agressor. ELE é um estuprador, você é uma vítima lutando pela vida.

Isso não é um discurso de ódio... é um incentivo pela vida. Pela dignidade. Mortos não matam e eunucos não estupram.

Se todos reagissem, os criminosos – que são covardes por essência (razão pela qual sempre atacam em bando ou armados) – pensariam duas vezes se as pessoas começassem a reagir com a selvageria que eles merecem. E, mesmo que isso aumentasse o número de procura por gavetas de necrotério, pelo menos diminuiria a superpopulação nos presídios.