Professor pode ter estrangulado aluno de cinco anos
Foto: DivulgaçãoTuesday, 09 May 2017
O episódio dantesco aconteceu na cidade de Araquiri e apesar de negar a agressão, o professor não consegue uma explicação convincente de como os hematomas surgiram no pescoço do menino.
Araquari é uma adorável cidade próxima à Joinville que nesta segunda (08/05) chamou a atenção da mídia por um motivo nada positivo: agressão contra menores.
O pai de um garotinho de cinco anos foi buscar seu filho em uma escola da cidade por volta das 13h quando encontrou o menino sentado choroso sozinho na sala de aula em volta de vômito e com hematomas no pescoço. Uma situação, no mínimo, grotesca.
Injuriado o pai perguntou ao professor – que está substituindo a professora titular – sobre o que teria acontecido. O docente afirmou que o garoto estava fazendo bagunça e que, por isso, o colocou lá de castigo, mas negou ter percebido as marcas no pescoço.
Contudo, ao chegar em casa o menino disse ao pai que o próprio professor o teria erguido pelo pescoço.
Fraco, pálido e apresentando um quadro de vômito frequente, o menino foi levado pela família ao Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria, em Joinville, onde esteve sob observação, porém estável , no pronto-socorro.
O pai, obviamente, fez um Boletim de Ocorrência contra o professor e, instaurado o inquérito, o caso começará a ser investigado pela Polícia Civil.
O professor nega ter machucado o menino. Ele afirma que o garoto é hiperativo e que, durante a aula o aluno estava muito agitado, sendo então colocado ao seu lado na sala de aula. Ele afirma que o garoto não aceitou o castigo, se debatendo e chorando e afirma acreditar que isso tenha ocasionado os vômitos e o hematoma.
Ele ainda afirma que na atividade seguinte – uma ciranda que é conduzida por outra professora – a colega havia lhe pedido para ficar sozinho com o menino em sala para poder prosseguir normalmente as atividades com os demais alunos.
Acusado pelo pai compreensivelmente irritado de ter estrangulado o aluno, o professor também fez um Boletim de Ocorrência por ameaça de morte e perjúrio.
Não podemos citar os nomes do pai e da criança em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e nos reservamos, por ora, citar o nome do professor até que a Justiça decida sobre sua culpa ou não. Sendo essa culpa confirmada, certamente citaremos.
É lamentável ver uma situação dessas.
Há toda uma forma pedagógica de lidar com uma criança ativa e nenhuma delas envolve provocar vômito ou, pior ainda, estrangular. Todos sabemos que uma criança às vezes pode quase enlouquecer um adulto, mas é por isso que ela é criança e o professor é adulto: para saber como lidar com a situação da forma mais positiva possível.
Certamente esse tipo de situação não representa em nada os bons profissionais da área, como é o caso das adoráveis professoras Sandra e Carol do Jardim Princesa Isabel, que amam seus alunos, estudam constantemente e cuja paixão pelo ofício contagia todos que as conhecem.