No começo da tarde de ontem (04/03) um homem entrou, em estado alterado, na Câmara dos Vereadores querendo falar sobre a Covid. Seu comportamento errático e um volume em suas roupas que aparentava ser uma arma assustaram as pessoas.

O vereador Jovino Cardoso (Solidariedade) foi o primeiro a abordá-lo e soube gerenciar muito bem a situação, explicando que por conta da pandemia os acessos à Casa estão mais restritos. Por mais que alguns relatos afirmem que o sujeito tinha uma postura agressiva, Jovino disse que o homem foi educado. O parlamentar mediou a situação até a solicitação de reforços.

Posteriormente o suspeito foi ao banheiro, onde permaneceu com as luzes apagadas, criando a suspeita de que poderia estar se livrando de uma possível arma.

Ao ser feita em busca por seus antecedentes descobriu-se que ele já tinha respondido termos circunstanciados por criar confusão no comércio e também por porte ilegal de arma. Alterado, ele intercalava entre os corredores e a recepção, para o medo de quem ali trabalha.

A Polícia Militar chegou e o conteve, revistando-o, mas não encontrando nenhuma arma. Ainda assim os agentes fizeram uma busca minuciosa pelo prédio para ver se o suspeito havia se livrado de algum objeto que pudesse ser potencialmente perigoso. Ao perceber que ele estava, de fato, desarmado, a PM o liberou do local.

Durante o imbróglio os acessos à Câmara ficaram altamente restritos.

Essa situação, além de incomum, mostra o quanto a Casa Legislativa da cidade é vulnerável. É desejável que todos os contribuintes tenham fácil acesso ao local, mas também é crucial que a segurança – não apenas dos vereadores, como dos funcionários do Legislativo e dos próprios visitantes – seja mantida. Dessa vez não houve tragédia. Mas não é uma impossibilidade.

Quem lembra quando um homem com sérios transtornos mentais invadiu o gabinete do prefeito, anos atrás,m durante a gestão Napoleão Bernardes? A resposta a isso foram detectores de metal e um pouco mais de segurança para quem usa e trabalha no prédio.