Dono de construtora dá golpe de R$ 10 milhões em Blumenau

Dono de construtora dá golpe de R$ 10 milhões em Blumenau
Foto: Divulgação

Wednesday, 07 August 2019

A empresa de Silvio Sandri, Concretize, fica na Rua Engenheiro Udo Deeke, 2286, Sala 01, mas também tem filial em Penha.

Qualquer um que costuma viajar com certa frequência está familiarizado com o termo overbooking que significa, grosso modo, que a companhia vendeu mais acentos do que tinha. Infelizmente, não é incomum um passageiro descobrir que comprou um lugar já ocupado por outro. É um grande transtorno, mas pode acontecer e cabe àqueles afetados os procedimentos necessários.

Além de aviões e ônibus, o termo também pode ser aplicado em outras áreas, como assentos de cinema ou teatro. Entretanto também ocorrem casos onde um mesmo imóvel pode ser vendido para mais de um comprador, gerando prejuízos milionários e danos enormes.

Foi o que aconteceu em Blumenau.

A Concretize Construtora e Incorporadora, de propriedade do empresário Sílvio Sandri, é acusada de dar um golpe que pode ter passado de R$ 10 milhões ao construir prédios e vender apartamentos a mais de um cliente. São três construções que pararam pela metade e duas que sequer saíram do papel.

Alguns apartamentos chegaram a ser vendidos para até seis pessoas ao mesmo tempo, culminando num prejuízo milionário que já atingiu dezenas de pessoas.

Entre as vítimas, 23 são representadas pelo advogado Herley Rycerz, que calculou um rombo de R$ 6 milhões apenas em uma das obras. Os contratos seriam feitos entre a construtora e os clientes, sendo registrados em cartório. Como a parte estrutural costumava já estar pronta e o acusado apresentava o negócio como uma grande oportunidade, muitas pessoas acreditavam que receberiam seus imóveis em até seis meses.

A advogada Patrícia Ribeiro Lourenço, representante de uma associação de vítimas desse golpe, tem como objetivo conseguir viabilizar às vítimas que consigam tocar a obra adiante para minimizar os prejuízos, relembrando que há imobiliárias e corretores também envolvidos no esquema.

De acordo com o delegado Juraci Darolt, da 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau, já foi feito o pedido de prisão preventiva contra o empresário que teria angariado cerca de R$ 10 milhões com o suposto crime de estelionato.

O empresário afirma passar por necessidades financeiras e estar vivendo com ajuda de familiares e garante resolver o problema que classifica como “descontrole administrativo” em até 12 meses o que, mas... considerando seus prazos nunca honrados de seis meses, não merece grande credibilidade.

Sandri, apesar de afirmar dificuldades financeiras, é dono de mais duas empresas de acordo com o portal Consulta Sócio (clique aqui) sendo uma franquia na área ambiental em Itajaí e uma loja de roupas no Badenfurt. Também constam quatro empresas – nas áreas de supermercados, representações de produtos, consultoria e confecções – que estão inativas e uma espécie de programa de assistência à infância funcionando na mesma rua que a loja de roupas.

Agora resta esperar para a Justiça definir quais os próximos capítulos até o desfecho dessa questão.


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Redação

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