Líderes da indústria relataram que o surto de Mpox, que se originou na República Democrática do Congo, não causou impacto no turismo de safári africano. Apesar de alguns receios sobre a doença no local por parte dos viajantes, as reservas não foram canceladas.

“A Mpox não parece estar afetando as viagens africanas agora. Botsuana implementou um processo de triagem [para todos os viajantes que chegam], mas é só isso. Os clientes não estão expressando nenhuma preocupação, no máximo, alguns perguntaram por curiosidade, mas a maioria está seguindo em frente com seus planos como de costume”, disse Pearl Jurist-Schoen, chefe de vendas da Extraordinary Journeys para a África.

“A situação parece estar bem sob controle. As autoridades de saúde estão monitorando de perto o surto, e sua gestão eficaz, combinada com a ampla disponibilidade de vacinas, ajudou a conter a disseminação. O fato de que a Mpox não é altamente contagiosa como a Covid-19 também contribuiu para manter a situação administrável”, complementou Sarah Morris, gerente de vendas e operações para clientes privados na Ker & Downey Africa.

Em relação aos controles de fronteira, observou que eles tiveram pouco ou nenhum impacto na situação. “Como o surto é localizado e não se espalha por transmissão aérea, não houve necessidade de grandes restrições de fronteira. A maioria dos países africanos continua a receber viajantes, e as precauções regulares de saúde em vigor garantiram que as viagens permaneçam seguras.”

Morris relatou que ninguém parou de reservar ou cancelou suas viagens, apesar de certas preocupações. “As consultas são principalmente preventivas e, uma vez que os clientes entendem os fatos, seguem confiantes com seus planos de viagem.”

O cenário é um alívio para o setor de turismo africano que inicialmente temia uma repetição de cenários passados, levando a cancelamentos generalizados e dificuldades econômicas.