Nesse verão conheça os lugares mais belos do Piauí
Foto: DivulgaçãoMonday, 06 February 2017
Um estado muito longe do nosso, além da beleza de sua natureza, pode nos presentear com sua diversidade cultural única.
Você conhece o Piauí?
Estado nordestino que faz divisa com Pernambuco, Alagoas, Bahia, Ceará, Tocantins e Maranhão, essa unidade federativa tem a menor faixa litorânea do país, com pouco mais de 60 quilômetros, mas mesmo assim uma das mais belas.
Até o século XVIII pertencia a Bahia, até que passou a fazer parte do Maranhão em 1718. Antes de ser coroado Rei de Portugal, o príncipe dom João VI, em 1811, elevou a região a capitania até que, em 1822, durante a independência do Brasil, tropas leais a Coroa Portuguesa ocuparam a cidade de Parnaíba, onde ficaram sob cerca até serem derrotadas por levantes brasileiros.
Atingido por levantes armados como a Confederação do Equador (revolução separatista nordestina antimonárquica) e a Balaiada (revolta decorrida no Maranhão por conta de desavenças entre dois partidos políticos), o estado teve sua capital mudada de Oeiras para Teresina em 1852. No entanto, apesar de sua história interessantíssima, o que mais chama a atenção no solo piauiense é seu litoral, que tem dois dos mais belos cenários naturais brasileiros.
Cachoeira do Covão
Entre dezembro em junho chove muito no Piauí e, portanto, seu território conta com algumas das mais belas cachoeiras do país. Na verdade é comum encontrar cachoeiras em grande parte das cidades piauienses: um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza.
A Cachoeira do Covão – a mais conhecida delas – é uma linda queda d’água entre rochas cuidadosamente esculpidas pelo tempo que forma uma belíssima piscina natural em seu ponto mais baixo. Para chegar até lá é necessário descer degraus colocados entre as duas cachoeiras que compreendem o complexo: uma com 12 metros e outra com 15 metros.
O local fica em uma propriedade particular e integra os atrativos do Parque Municipal Pedra do Castelo, ficando a 30 quilômetros do município homônimo. A distância até Teresina é um pouco maior: 175 quilômetros. Mas com certeza absoluta vale a pena conhecer.
E necessário apenas tomar um pouco de cuidado, porque as pedras que compõem as paredes e o chão da cachoeira são extremamente escorregadios.
Cânion do Poty
Localizado no município de Buriti dos Montes (a 320 quilômetros de Teresina) o cânion é uma falha geológica que desvia o Rio Poty de sua jornada da nascente no Ceará até o mar, atravessando a Serra da Ibiapaba e desembocando no Rio Parnaíba, na Vila do Poty.
Flora e fauna local estão sob observação para serem preservados e além de turistas o local atrai estudiosos interessados em inscrições rupestres encontradas no local.
A fúria do rio criou desenhos fascinantes nas rochas criando abrigos naturais e cavernas.
Com paredões que chegam a 60 metros de altura na garganta do vale, o cânion oferece várias formas de acesso, desde automóveis (sugerindo com veemência os 4X4), motocicletas, bicicletas e até transportes pluviais, como barcos. Canionismo, rapel e trekking são algumas das atividades preferidas dos turistas.
Praia da Pedra do Sal
Há 355 quilômetros de distância de Teresina, esse paraíso fica na Ilha Grande de Santa Isabel, a 15 quilômetros de Parnaíba, e conta com rochedos granalíticos que dividem a praia em duas partes. Dizem, ainda, que navegadores teriam escondido tesouros nesta que é uma das mais belas praias do Brasil.
Um ponto certo para surfistas, o lado da praia chamado de ‘bravo’ tem ondas nervosas e trazidas pela corrente do mar e o vento constante. Porém, no outro lado, o ‘calmo’, as águas são bem tranqüilas e perfeitas para banhos relaxantes e brincadeiras com a família.
Com seu nome derivado do acúmulo de sal apresentado em suas rochas após a evaporação da água do mar da maré baixa, o movimento na praia começa à tardinha para se intensificar à noite, para que os visitantes possam ver seu lindíssimo ‘sunset’.
Além da beleza natural o encanto do local é aumentado ainda mais pelas lendas que envolvem a praia em uma aura de mistério como as sobre alienígenas pousando lá ou os famosos ‘cabeça-de-cuia’.
Lenda piauiense típica do Parnaíba, os cabeça-de-cuia seriam entidades que aparecem principalmente para os pescadores. Reza a história que muitos anos atrás havia um pescador de nome Crispim e, depois de um dia difícil de pesca, teve que tomar uma sopa de osso de boi preparada pela sua mãe. Num ataque de fúria o jovem a teria matado, mas antes de morrer ela o teria amaldiçoado: ele passaria a ter uma cabeça enorme em formato de cunha.
Para quebrar essa maldição ele deveria devorar cinco moças virgens de nome Maria e, desde então, ele persegue os barcos tentando se livrar de sua sina. Os mais velhos dizem ainda que ele passa seis meses no Rio Poty e seis meses no Rio Parnaíba.
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