Todo mundo conhece – e aprecia – o concurso Rainha da Oktoberfest. É um evento com credibilidade, como Miss Blumenau, e traz consigo um pouco do melhor que a cidade tem a oferecer. Ou, pelo menos, era o que acontecia até o ano passado.

Durante o concurso 2018 sete de 10 candidatas não tiveram adicionadas notas de três juradas por um problema que, de acordo com a organização do evento, foi causado por uma falha na somatória de planilhas do Excel. Mesmo com o erro, Ana Paula Molverstet alcançou o resultado de rainha da festa no dia 22 de outubro. Amanda Castro foi coroada primeira princesa e Karoline Gehre, segunda.

No entanto, por conta dos problemas, Molverstet foi ‘descoroada’ no dia seguinte, ficando em seu lugar como rainha a jovem Karoline Gehre. Daniele Kirsten foi nomeada primeira princesa e Daniela Provesi, segunda. A decisão causou indignação em Molverstet, que entrou na Justiça.

De acordo com ela foram avaliados apenas dois dos três requisitos do concurso o que, de acordo com a avaliação de anotações dos jurados e documentação, foi confirmado.

Ana Paula Molverstet moveu uma ação contra a organização do concurso por danos morais e o juiz João Baptista Vieira Sell, da 1ª Vara da Fazenda, suspendeu o concurso ainda em março. De acordo com a ação judicial uma nova seleção deveria ser feita.

Através de nota emitida na sexta-feira (06/04) a Secretaria de Turismo afirmou que, em cumprimento à ordem judicial, realizará junto ao Parque Vila Germânica a nova etapa final do concurso para escolha da Rainha da 35ª Oktoberfest. As dez finalistas já foram contatadas e terão até o dia 13 para confirmar presença na nova etapa do evento.

As provas a serem feitas envolvem a prova dos trajes típicos e ensaio, a serem realizadas no Restaurante Park Blumenau a partir das 20h de 24 de abril.

Um dos grandes acertos da administração atual municipal (talvez o único) tenha sido, justamente, com a Secretaria de Turismo e o Parque Vila Germânica, que além de aumentarem a nível (e lucro) da Oktoberfest foram responsáveis pela criação de outros eventos que ajudaram o colocar Blumenau no mapa do turismo nacional em meses além de outubro.

Contudo, num momento tão delicado quando a tênue questão moral de ter uma ex-rainha da Oktober como atual Miss Blumenau (o que não é ilegal, mas passa longe de ser moralmente compreensível) é justo e inteligente que a Sectur mostre a seriedade e transparência do seu trabalho refazendo um concurso que por qualquer problema que seja deu um mau resultado.