No turismo, o pacote que virou embrulho

No turismo, o pacote que virou embrulho
Foto: Divulgação

Tuesday, 13 August 2019

Advogado prejudicado pela CVC foi acolhido pela Justiça.

Chegaram até o Superior Tribunal de Justiça (STJ) os ricochetes jurídicos de uma má prestação de serviços da CVC Agência de Viagens e de sua franqueada Beth Viagens e Turismo que frustraram, em janeiro de 2018, as férias do advogado porto-alegrense Ricardo Ribeiro, da esposa e da filha do casal, então com quatro de idade. Tendo contratado um pacote (três pessoas, R$ 23.647,00), de 11 dias, de Porto Alegre para Punta Cana e Panama City, a família foi claramente informada pela CVC - em mensagem por WhatsApp - de que não haveria necessidade de vacinação contra a febre amarela.
 
No dia do embarque (09/01/2018), o casal e a criança foram impedidos, pela Copa Airlines, de realizar o voo, por falta da carteira de vacinação, chancelada pela Anvisa. Os turistas tiveram que, no dia seguinte, aceitar a troca do passeio (então reduzido para oito dias), para o único resort disponível no Brasil, de 10 a 18 de janeiro: o Beach Park Resort, em Fortaleza (CE). Pelo novo contrato, a CVC se comprometeu a estornar R$ 17.711,00 do valor integral já pago, à vista, pelo primeiro autor - o que terminou não ocorrendo.
 
Sentença assinada pelo juiz Leandro Raul Klippel, da 12ª Vara Cível de Porto Alegre, deferiu reparação moral de R$ 21 mil (em conjunto), aos três passageiros, ao reconhecer "falha na prestação do serviço, relativamente ao dever de informação sobre a necessidade de porte de carteira de vacina contra a febre amarela, além do comprovado descaso com os consumidores".
 
O julgado foi confirmado pela 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ-RS) e também pelo STJ, onde a verba sucumbencial (que era de 15%) teve um adicional de 10%, em favor do advogado Ribeiro, que atua em causa própria e em nome da esposa e da filha. O reembolso da devolução dos valores referentes à diferença entre o pacote turístico contratado e aquele usufruído será arbitrado na fase de cumprimento de sentença. Incidirão correção pelo IGP-M a partir do desembolso, mais juros legais de mora de 1% ao mês, a contar da citação. (Proc. nº 70079399002).

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Redação

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