A beleza e a história do Forte das Cinco Pontas em Recife

A beleza e a história do Forte das Cinco Pontas em Recife
Foto: Danilo Borges

Monday, 10 April 2017

Espaço, palco de seminário internacional sobre a gestão de fortalezas brasileiras, exibe atualmente apenas quatro cantos

O Forte das Cinco Pontas, em Recife (PE), sedia desde terça-feira (04) o Seminário Internacional Fortificações Brasileiras - Patrimônio Mundial, que debate a gestão e a valorização turístico-cultural de fortes e fortalezas no país. Mas você sabe por que o monumento na capital pernambucana é chamado de “Cinco Pontas”, apesar de hoje ostentar apenas quatro?

Antes, um pouco da história do local. O forte foi inicialmente construído em 1630, por ordem de Frederik Hendrik, Príncipe de Orange, durante a ocupação holandesa nas áreas que hoje abrigam as cidades de Recife e Olinda. O projeto de construção da fortaleza é atribuído ao engenheiro holandês Tobias Commersteijn e sua estrutura era composta de madeira, terra batida e barro.

Embora a fortaleza tenha recebido o nome de batismo de Frederik Hendrik, logo ganhou a alcunha de Forte das Cinco Pontas, devido à sua forma pentagonal. Os objetivos do forte eram garantir o suprimento de água e também assegurar que carregamentos de açúcar transportados pelo rio Capibaribe chegassem ao Porto de Recife, impedindo a ação de piratas.

No ano de 1654, porém, as forças de resistência portuguesa, comandadas por João Fernandes Vieira, André Vidal, Felipe Camarão e Francisco Barreto, venceram as tropas flamengas e ocuparam o forte. Nesse período, começou a primeira grande reforma da fortificação, reconstruída em pedra e cal e, agora, apenas com quatro pontas. A obra terminou em 1684, quando a fortificação foi rebatizada de Forte de São Tiago. Entretanto, o nome Cinco Pontas, já consolidado, permanece até os dias de hoje.

Com a expansão de Recife, a fortaleza perdeu o sentido de defesa e passou a ter novos usos, a exemplo de depósito geral e prisão, durante os séculos XVIII e XIX. No início do século XX, tornou-se quartel militar, sendo tombada como patrimônio nacional em 1938. Durante o final da década de 1970, o forte sofreu outra grande reestruturação para sediar as instalações do Museu da Cidade do Recife, que se encontra no local desde 1982..


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Redação

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