Mas afinal, vai ter Oktoberfest?

Mas afinal, vai ter Oktoberfest?
Foto: Divulgação

Wednesday, 21 July 2021

Todas as variáveis que implicam nessa resposta precisam ser consideradas e o prefeito deve se pronunciar a respeito ainda essa semana.

Ninguém mais agüenta o isolamento. O mundo gira e as pessoas não suportam mais ficar paradas. Claro que as casas noturnas e restaurantes ainda funcionam, mas as festas e baladas deixam saudade naqueles que costumavam frequentá-las com assiduidade.

A Oktoberfest, por exemplo, é uma das maiores festas do Brasil. Milhares de blumenauenses são completamente apaixonados pelo evento e dezenas de milhares de turistas visitam a cidade em outubro, girando a economia e alegrando a todos. No ano passado a festa não aconteceu. E a pergunta que fica é: acontecerá esse ano?

O Rio de Janeiro decidiu fazer um evento teste. Iniciaram uma campanha de vacinação em massa e prepararam um carnaval fora de época na ilha de Paquetá para setembro. Muitos consideraram a ideia irresponsável e meramente política, uma vez que o prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), quer desesperadamente poder realizar seu famoso Réveillon esse ano.

Vale lembrar que Israel foi o primeiro país a reabrir tudo e desobrigar as máscaras, mas, semanas depois, mudou de ideia e retomou algumas restrições por conta de novos casos.

Em Santa Catarina muitas festas tradicionais não vão acontecer. É o caso da Schützenfest que aconteceria em novembro em Jaraguá do Sul, da Marejada em Itajaí e da Festa do Imigrante em Timbó. Brusque aguarda a decisão de Blumenau para decidir se fará a Fenarreco.

Fazer a Oktober agora, além de irresponsável, parece pouco operacional. A Vila Germânica está sendo usada como Central de Vacinação contra a Covid. E, diga-se de passagem, uma estrutura que está servindo de exemplo para o país inteiro. Pensar em realizar a festa agora seria pouco prático, além de desrespeitoso com tantos que já sofreram e morreram desse mal.

A Oktoberfest deve acontecer? Deve. Mas com segurança e responsabilidade. Quando a cidade puder receber milhares de turistas sem ter que se preocupar em lotar leitos de hospital ou empilhar corpos em cemitérios porque a doença ainda não foi contida.

Isso, claro, sem mencionar as novas variáveis e as questões a cerca da eficiência das vacinas. Afinal, agora não se fala mais que elas ‘imunizam’, mas sim que ‘diminuem o risco de a doença se manifestar de forma severa’. A Ciência evoluiu com cautela. Sejamos cautelosos também.

Ainda essa semana o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) deve anunciar o destino da festa.


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Ricardo Latorre

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