Sites de empresas de viagens aéreas no Brasil têm aumento de 100%

Sites de empresas de viagens aéreas no Brasil têm aumento de 100%
Foto: Reprodução

Monday, 25 October 2021

Porém, principalmente devido ao avanço da campanha de vacinação no país, a quantidade de voos vem aumentando significativamente desde março de 2021.

Entre 2019 e 2020, o Brasil experienciou uma queda de 57% no volume total de voos (domésticos e internacionais) por conta da pandemia de COVID-19. Porém, principalmente devido ao avanço da campanha de vacinação no país, a quantidade de voos vem aumentando significativamente desde março de 2021.

Com isso, a Decode, empresa de client acquisition e consulting do grupo BTG Pactual, pesquisou sobre o movimento desse mercado e descobriu alguns dados que demonstram a influência da pandemia da COVID-19 no turismo e, consequentemente, nas linhas aéreas.

Em 2019, a demanda por voos domésticos totalizava 97 milhões, porém, em 2020, esse número caiu para 45 milhões, o que representa um decréscimo de 54%. Analisando o histórico de passageiros que demandaram por voos desse tipo, percebemos que esse foi o pior resultado desse tipo de viagem dos últimos cinco anos analisados:

– 2016: 92 milhões 

– 2017: 93 milhões (crescimento de 1%) 

– 2018: 95 milhões (crescimento de 2%) 

– 2019: 97 milhões (crescimento de 2%) 

– 2020: 45 milhões (decrescimento de 54%) 

A queda geral foi brusca, mas os voos internacionais acabaram sendo ainda mais afetados: a demanda por voos internacionais, que atingia 24 milhões em 2019, em 2020 caiu para 7 milhões, o que representa um decréscimo de 71%, sendo, também, o pior resultado desse tipo de viagem desde 2016:

– 2016: 22 milhões

– 2017: 23 milhões (crescimento de 5%)

– 2018: 24 milhões (crescimento de 4%)

– 2019: 24 milhões (crescimento de 1%)

– 2020: 7 milhões (decrescimento de 71%)

Motivos

Os motivos que levaram milhões de pessoas a pararem de viajar durante o período de 2020 foram centrados nos efeitos gerais da COVID-19 e o medo do contágio, mas também se destacam questões econômicas: 

Motivos da queda nos voos domésticos:

– Efeito total da Covid-19 no país (diminuiu em 53% o número de viagens)

– Economia (PIB) (diminuiu em 10% o número de viagens)

– Medo de contágio (diminuiu em 37% o número de viagens)

Motivos da queda nos voos internacionais:

– Efeito total da Covid-19 no país (diminuiu em 71% o número de viagens)

– Economia (PIB) (diminuiu em 9% o número de viagens)

– Medo de contágio / fechamento de fronteiras (diminuiu em 69% o número de viagens) 

A vacinação da população brasileira tem ajudado a mudar este cenário. Após se vacinarem, 70% dos brasileiros decidiram que irão viajar assim que surgir a oportunidade. Algo que não era observado no mesmo período em 2020, quando 76% afirmaram que não pretendiam viajar tão cedo. 

Dos turistas em potencial, 25% pretendem viajar de carro, enquanto 45% pretendem viajar de avião, 26% querem fazer viagens dentro do Brasil e 19% desejam fazer viagens para o exterior.

Quando analisamos essas estatísticas, percebemos que não é à toa que os voos domésticos, no Brasil, recuperaram 80% do volume de passageiros que possuíam antes da pandemia.

Algo interessante percebido pela Decode é que os dados relacionados a voos internacionais e domésticos também refletem a desigualdade no país, uma vez que voos internacionais são muito mais caros do que voos domésticos:

Entre a população que ganha mais de 10 salários-mínimos:

– 83% querem viajar

– 48% pretendem viajar pelo Brasil

– 42% pretendem sair do país

Entre a população que ganha até 3 salários-mínimos:

– 63% querem viajar

– 84% pretendem viajar pelo Brasil

– 16% pretendem sair do país

Acessos aos sites

Um dado que confirma o recente aumento no interesse do povo brasileiro em viajar é o crescimento do volume de acessos nos sites das principais companhias aéreas do país. Até o fim do mês de outubro, é estimado um aumento de 181% no volume de acessos no site da Latam, enquanto nos sites da Decolar e da CVC, esse aumento é estimado em 158% e 131%, respectivamente.

Apesar de ser mais expressivo no mês em questão, se voltarmos o período de observação para os meses anteriores, percebemos que esse crescimento já estava em andamento:

Acessos no site da Latam:

– Jul/2021: 457.698

– Ago/2021: 524.858 (aumento de 15%)

– Set/2021: 802.361 (aumento de 53%)

– Até 12/out/2021: 873.301 (aumento de 9%)

– Estimativa para out/2021: 2.256.027 (aumento estimado até o fim do mês: 181%)

Desde julho/2021, é estimado até o fim de outubro um aumento de 393% no volume de acessos no site da Latam em busca de passagens aéreas.

Acessos no site da CVC:

– Jul/2021: 2.737.302 

– Ago/2021: 2.901.704 (aumento de +6%) 

– Set/2021: 3.055.258 (aumento de 5%) 

– Até 12/out/2021: 2.726.060 (aumento de 11%) 

– Estimativa para out/2021: 7.042.322 (aumento estimado até o fim do mês: 131%) 

Desde julho/2021, é estimado até o fim de outubro um aumento de 157% no volume de acessos no site da CVC em busca de passagens aéreas.

Acessos no site da Decolar:

– Jul/2021: 5.668.411

– Ago/2021: 5.303.264 (decréscimo de 6%)

– Set/2021: 6.079.926 (aumento de 15%)

– Até 12/out/2021: 6.317.100 (aumento de 4%)

– Estimativa para out/2021: 16.319.175 (aumento estimado até o fim do mês: 158%)

Desde julho/2021, é estimado até o fim de outubro um aumento de 188% no volume de acessos no site da Decolar em busca de passagens aéreas.

Origens, destinos e restrições

Em 2020, as principais origens internacionais dos passageiros eram: Estados Unidos (22%), Argentina (10%), Chile (9%), Alemanha (5%) e, por fim, Peru (4%). Em 2021, isso pouco mudou: Estados Unidos, Argentina e Chile continuam liderando o ranking, agora representando 25%, 8% e 7% das origens internacionais, respectivamente.

A Colômbia entrou para a lista em quarto lugar, representando 5% das origens internacionais e, por fim, a Alemanha caiu para a quinta, representando 4% das origens internacionais.

Se tratando dos principais destinos internacionais, em 2020 eles eram: Estados Unidos (15%), Chile (11%), Argentina (10%), Colômbia (9%) e Equador (6%). Já em 2021, também não houve muitas mudanças no ranking: em primeiro lugar, se mantém os Estados Unidos (16%), seguido do Chile (11%), da Colômbia (11%) e da Argentina (9%) e, por fim, o Equador (6%).

Apesar de todo esse anseio por viagens, o brasileiro ainda terá que lidar com e aceitar algumas restrições, trazidas pelo contexto da COVID-19, quando o assunto são as viagens internacionais:

– 54 países possuem restrições leves para viajantes brasileiros (aceitam apenas pessoas vacinadas ou com teste PCR negativado).

– 33 países possuem restrições moderadas para viajantes brasileiros (exigência de quarentena e com teste PCR negativado).

– 68 países possuem restrições fortes para viajantes brasileiros (praticamente fechados).


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Redação

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