41,7% dos brasileiros é favorável a passaporte vacinal em eventos

41,7% dos brasileiros é favorável a passaporte vacinal em eventos
Foto: Divulgação

Monday, 07 March 2022

om maior flexibilidade de atividades presenciais, 24,4% dos brasileiros atualmente têm saído apenas quando necessário, respeitando o distanciamento social; enquanto 16,7% já inseriram as atividades no cotidiano.

Para conhecer as expectativas dos brasileiros com a retomada das atividades presenciais às agendas das cidades brasileiras, a Hibou - empresa de monitoramento de pesquisas, em parceria com o Scoregroup, lançou mais uma edição do Pulso, dessa vez falando sobre “Eventos fora de Casa”, com a participação de mais de 1900 pessoas, para analisar o novo contexto.

Apesar do relaxamento das atividades presenciais, como os eventos, o vírus e suas variantes continuam como uma preocupação para 43,4% dos brasileiros. 21,1% deles saem apenas quando necessário, respeitando o distanciamento social e 1,4% evitam sair e têm mantido o isolamento o máximo possível.

Por outro lado, quase metade da população (49,2%) demonstra pouca apreensão com o vírus e apenas 7,3% não estão preocupados. Inclusive, quanto às atividades fora de casa, 16,7% das pessoas já as inseriram no cotidiano, enquanto 36,2% estão saindo com algum cuidado, não tão rigidamente quanto no ano passado.

Hoje, 66,1% dos brasileiros apontam as séries e filmes como principal programa caseiro que os deixam felizes. Para 48,5%, dormir é um momento de felicidade quando estão em casa, enquanto 35,8% se divertem comendo. Entre outras opções de lazer em casa, estão: ouvir música (31,2%), conversar com amigos e/ou familiares (27,2%); cozinhar (25,7%); arrumar e/ou limpar a casa (20,8%); ler (19,8%); trabalhar (12%); praticar atividades físicas (8,8%); estudar (8,6%) e preparar drinks (4,8%).

E o que durante todo o isolamento social o brasileiro sentiu mais falta? Encontrar os amigos foi mencionado por 42,3%; rever a família (42,1%); viajar (39,9%), ir a bares ou restaurantes (33,7%); receber amigos em casa (28%), entre outras.

“Outras atividades surgiram como solução e essa nova forma de diversão destacou o consumo de plataformas de streaming, por exemplo. Neste novo momento de flexibilização, todos querem retomar a rotina, rever amigos e fazer seus programas preferidos fora de casa”, analisa Ligia Mello.

… E o carnaval?

Este é o segundo ano em que o tradicional carnaval é retirado do calendário. Para 2022, outra solução adotada por algumas cidades foi migrar a data para outros meses. Em relação a essas decisões, 83,4% concordam que foi a melhor alternativa para preservar a saúde das pessoas; 20,7% pensam que o feriado deve continuar mesmo sem as festas; 4,3% acreditam que desfiles e blocos vão acontecer em Abril com mais segurança; 3,6% pensam que não havia necessidade de adiar ou cancelar o Carnaval e para 3%, os bloquinhos vão acontecer em Fevereiro mesmo.

“Bloquinho dos caseiros”

Para 49,4% dos brasileiros, o feriadão de carnaval será caseira maratonando filmes ou séries de TV; 38,3% vão aproveitar para descansar um pouco; 26,8% pretendem passar mais tempo com a família; 17,8% vão se dedicar à leitura, jogos e outras atividades em casa; 13,5% vão ficar em casa com amigos; e 3,6% pretendem formar plateia no sofá e assistir aos desfiles das escolas de samba.

Com uma agenda incerta, os eventos carnavalescos caíram entre as preferências. Apenas 0,5% pensam em frequentar bailes e eventos; 0,4% pretendem ir ao sambódromo; 0,3% querem participar de bloquinhos em sua cidade, e 0,2% desejam ir a ensaios de escolas de samba.
 
Recuperando o tempo “perdido”

O auge da pandemia, no primeiro semestre de 2021, foi um dos maiores períodos de permanência em casa e o retorno aos compromissos, reencontros e momentos de lazer têm sido aproveitados ao máximo. Ao reassumir suas agendas, os brasileiros estão fazendo o que foram privados, como: encontrar a família (54,8%); ir a bares ou restaurantes (32,6%) e reunir os amigos nos finais de semana (28,1%). Além desses, a ida a parques e/ou praças (26,5%); praia (23,3%); churrasco com amigos (20%); academia (19,7%); festas fechadas (13,6%); viagem pelo Brasil (12%); viagem para o exterior (5,9%), também foram apontados.

Ao saírem, 40,4% dos brasileiros afirmam que ficam muito felizes ao frequentar restaurantes, por exemplo; embora 9,3% ainda não se sintam seguros para programas fora de casa.

“Com a nova realidade, após tanto tempo em casa, os compromissos domésticos se tornaram frequentes e deram um novo olhar sobre a diversão e como passar o tempo. Mas é impossível afirmar que os passeios e saídas não fizeram falta, situações simples como comer fora ou encontrar amigos ganharam uma nova proporção”, completa Lígia Mello.

Limite de público nos estabelecimentos é atrativo

Para metade da população (50,1%) se os locais limitarem o número de pessoas nos eventos, este será um atrativo a mais para sair de casa. A manutenção de protocolos como o uso de máscara é um ponto em comum para 44,3%, a higienização completa do local entre uma sessão e outra agrada a 39,6%; e a exigência de passaporte de vacina é favorável a 41,7% dos brasileiros. Caso as pessoas de confiança voltem às atividades presenciais, 3,2% dos entrevistados se sentiriam influenciados a seguir o mesmo comportamento.

Rock in Rio, grandes eventos e viagens em 2022

Os shows, espetáculos e festivais de música estão retomando aos poucos suas programações e dividem opiniões. 35,6% dos brasileiros acreditam que os eventos de grandes proporções não devam ser liberados, pois a pandemia ainda não acabou, e outros 20% não querem pensar nos eventos por acreditam que as programações devam ser acompanhadas pela internet ou TV. Apenas 8% pensam que já é hora de retomar as atividades como antes.

Buscando um meio termo, 34,3% apoiam grandes eventos desde que haja redução de público; 27,2% apoiam eventos que exijam o passaporte da vacinação; 24,6% acreditam que os eventos podem existir e o uso da máscara seja exigido.

Já as viagens de lazer, muito desejadas pelos brasileiros, estão mais concentradas nos períodos de julho (9,6%) e dezembro (10,6%).


>> SOBRE O AUTOR

Redação

>> COMPARTILHE