Aos poucos, o turismo vai melhorando o antigo normal

Aos poucos, o turismo vai melhorando o antigo normal
Foto: Reprodução

Wednesday, 20 April 2022

O fim da emergência sanitária impulsiona o setor turismo, principalmente para aqueles que se prepararam.

Existe um ditado antigo que diz que aprendemos “pelo amor, ou pela dor”. Parece que, após 2 duros anos, as coisas vão se acalmando e os aprendizados se solidificando. O que tinha que voltar, já está voltando ao normal, e o que tinha que se readequar, está entrando nos eixos. Foi sofrido fisicamente e emocionalmente para a maioria de nós. No caso do turismo, o setor que normalmente estava sempre no fim da fila, dessa vez, tragicamente, foi para o início.

O maior baque econômico, o maior nível de desemprego e a maior quantidade de empresas fechadas. Durante a pandemia dacovid 19 o mundo amargou as fronteiras fechadas. E não apenas as fronteiras entre países, mas também o fim de semana na cidade vizinha, que parecia um passado distante. Nunca demos tanto valor ao deslocamento, ao pernoite na pousada simpática e à prosa com um desconhecido sobre qualquer coisa. Enfim, a queda dos casos de covid e o fim da emergência sanitária no Brasil dão ânimo ao setor do turismo, mas é fato que aqueles que se preparam, agora poderão começar a colher os resultados.

A Organização Mundial da Saúde ainda não decretou o fim da pandemia, mas no Brasil já temos anunciado o fim da emergência sanitária. Na prática, isso significa que as regras de entrada e saída no país começam a afrouxar, possibilitando que o fluxo de pessoas viajando ganhe força.

De acordo com a última atualização do site Kayak, são 31 países abertos, sem restrições de entrada para brasileiros, 155 abertos com restrições, ou seja, as fronteiras estão abertas para visitantes que estão totalmente vacinados e/ou apresentem um resultado negativo no teste PCR ou de antígeno para COVID-19 e/ou que entrem em quarentena após a chegada. E, por fim, 40 países permanecem fechados, apenas cidadãos, residentes voltando para casa ou pessoas em outras circunstâncias especiais podem entrar no país.

No entanto, algumas pesquisas já sinalizam (mais) aumentos nos custos de viagem, especialmente no transporte aéreo. Obviamente que, muito do aumento se deve a alta dos combustíveis, mas o aumento da demanda também influencia na alta dos preços. Soma-se a isso os diversos feriados emendados que temos neste período, com Semana Santa e Tiradentes um na sequencia do outro, e aproveitando disso, alguns destinos decidiram arriscar em um carnaval fora de época. É o caso do Rio de Janeiro, que mesmo mantendo cancelado o carnaval de blocos nas ruas, fará os desfiles na Marquês de Sapucaí, de 20 a 23 de abril.

Com os turistas empolgados para arrumar as malas, os destinos e empreendimentos que conseguiram não só atravessar a tempestade dos últimos 2 anos, mas que ainda tiveram como estratégia o aprofundamento nas tendências de mercado vão sair no lucro.

O momento ainda é de euforia, portanto empreendimentos mal colocados e sem estratégia definida acabam conseguindo algum resultado, afinal, as pessoas estão ávidas para sair de casa. Mas, daqui a pouco os níveis de exigência vão subir e a comparação com quem investiu e mostrou resiliência será inevitável. É nesse momento que prevejo, ainda que com tristeza, mais alguns negócios entrando em decadência. O que era aceitável antes da pandemia, agora já não será. O turismo não voltará ao normal antigo, porque tinha muita coisa a ser melhorada.

Se tem uma coisa que a pandemia deixou claro para o mundo dos negócios é que para além do ambiente externo, existe um comportamento interno de cada destino, de cada empreendedor do turismo, seja grande ou micro, que a adaptação e o planejamento no curto, médio e longo prazos garantem a saúde de qualquer destino. Afinal, o plantio é livre, mas a colheita é certa.


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Redação

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